Happy 420, Maria

Even though I’m in an extended period of no consumption of any kind of substance (besides sugar😬), I want to honor my medicine. The Mother of my healing process and one of my biggest Teachers. The Plant that helped me to deal with the worst moments of physical pain, and that worked as a gateway for so many difficult answers.


I am sorry that you are being exploited, as so many sacred medicines, I am sorry for the constant genetic abuse and mixtures, and mostly for all the unconscious use that make you a threat instead of a healing tool.


Every time I felt your shadow, you were the one telling me it was enough. Every time I misused you, you came and told me to stop. My meditations and journeys with you took me to the most beautiful places within and for that I’m deeply grateful. When any conventional medicine could help me, your elements supported me with love. You also taught me how toxic alcohol was in my life and how I didn’t need a single drop of it.
You brought me relief, you brought me peace and then you taught me about connection, but mostly freedom.


You supported my reborn and helped me to learn how to walk by myself. I see you as much as you see me. I feel you as an Entity of consciousness and I respect you as my Teacher. I don’t crave you, I don’t need you at this point of my life, but I love you, and I honor you. Happy 4/20 everyone. Happy Happy day, Maria 🌿
(Photo wasn’t taken in Portugal)

P.s- My dad just shared this post and after so many years of dialogues and fights around this subject, this was the best gift I could get on this 4/20. Communication heals. Love and Respect are everything ♥️

Vem do Grego Antigo


Ao longo dos anos comecei a apreciar com curiosidade os vários tipos de reacções que vêm assim que lanço o desafio de saberem lidar com o nome com que me apresento.

À distância, quase consigo adivinhar o tipo de pessoa que se aproxima. Balolas. Parece que se abre um portal diretamente até ao coração das pessoas com quem me vou cruzando.

É engraçado, não é? Como uma coisa tão simples como a reação a um nome pode dar tanta informação sobre a índole do carácter de uma pessoa.

Os meus amigos, fartos desta epopeia, já suspiram. Eu já não guardo mágoas. A culpa não é do nome, é do meu atrevimento em querer manter-me fiel à pessoa de dois anos de idade que se agarrava aos tubos de Pintarolas com a alegria de quem agarra a sua própria vida.

Nunca foi minha intenção criar um mito à volta do nome, as pessoas e a forma maliciosa como tendem a lidar com o que não se encaixa no que conhecem é que fez disto uma cena.

Tenho muito carinho pelo nome que os meus pais me deram, mas há que perceber que quando me deram um nome ninguém me conhecia. Ninguém sabia quais eram as minhas paixões, como soava a minha gargalhada ou o que me deixaria de estômago apertado.

Antigamente, quando as palavras eram sagradas, os nomes eram dados com cuidado. O nome anunciava o ser singular que ali se manifestava. Eram proféticos. No entanto, os meus pais quando escolheram como haveriam de me chamar, não procuraram significados nem leram mitos associados. Seguiram o gosto do quão bem lhes soava e dali veio um nome que a meu ver até é bem bonito, mas que quer gostem, quer não gostem, não tem nada que ver comigo.

As minhas primeiras memórias vêm dos meus dois anos e meio, três anos. Ainda a Xaninha não tinha nascido. As memórias coincidem com o aparecimento do nome Balolas. Foram aquelas cores todas e aquelas bochechas com caracóis que dava beijinhos e abraços como quem respira que lhe deram o significado que até hoje o nome evoca.

Ser a Balolas é ser vulnerabilidade desde o momento em que me apresento ainda que tenha um enorme orgulho na decisão que fiz para aí aos 12 anos, numa tarde de TPCs, quando os meus colegas ouviram pela primeira vez a minha mãe chamar-me assim.

“Sou a Balolas” 
E às vezes ainda coro, é só o raio de um nome. Mas com o tempo também aprendi a responder tanto quanto o tom da pergunta o pede. Como é que as pessoas se levam sempre tão a sério?

“Não te podes chamar assim. Que horror”
“Vem do grego antigo”
“O que é que significa?”
“Ba significa “eu chamo-me” Lolas vem do “como eu bem quiser”.

Foto: Miguel Oliveira